Tal pai, tal filho
Hoje estou um bocado chateado. Aliás, muito chateado.
Vim agora do centro comercial e encontrei uma imagem da “família do futuro” a lanchar, pai e filho.
O pai com aproximadamente 35 anos, 1,75m e 120 kilos.
O filho com aproximadamente 11 anos 1,40m e 80 kilos.
Não me digam isso, porque estavam os dois a comer hamburguers a transbordar de maionese, que já tinha pingado para as calças do rapaz.
A maionese com carne vinha embrulhada num pão que trazia sementes de sésamo para induzir àquela bebida açucarada que vem em copos de quase meio-litro.
Para acompanhar um pacote de batatas fritas carregadas daquele molho parecido com molho de tomate ao olho humano.
Para finalizar um gelado coberto com um molho de chocolate.
A refeição do rapaz tinha mais calorias do que ele necessita para uma semana, já que o maior desporto que fez nos últimos meses terá sido agitar os braços depois do Ricardo ter defendido um penalti contra os ingleses.
Para mim dar estes tratos aos filhos é dar maus tratos e deve ser visto da mesma forma que as agressões físicas.
Acreditem que não digo isto por não perceber o quanto pode ser difícil emagrecer. É exactamente pelo contrário. É porque também eu tenho muitas dificuldades e só com muito sacrifício e muito apoio da Patrícia é que vou mantendo um peso aceitável, é que me revolto com estas situações.
Perdoem-me se hoje não estou muito divertido mas...
Os pais têm a obrigação de dar uma educação alimentar aos seus filhos.